terça-feira, 19 de agosto de 2014

Quanta inspiração seria necessária pra escrever a mais bela poesia
Que dissesse o que nunca foi dito e representasse o que sempre foi tentado falar
Quantas drogas necessitaríamos pra alcançar o ápice de nossa percepção
Estes dias me pergunto coisas que não são perguntáveis e são irrespondíveis
Estes dias me limito a pesadelos e gritos noturnos,
estes dias  me limito a enfatizar a vontade de flutuar,
da abdução que deveria me ser prometida, do riso leve e da alegria no meio de tanta confusão
Que algumas palavras ainda fizessem sentido,
achando escritas antigas que parecem
Que “deram pena de serem escritas”,
as promessas esquecidas
e no meio da noite sonhos, que dividem espaço com pesadelos,
que por sorte são exceções na noite
entre a estória e a história caminhamos pra incerteza dos dias sonhados,

não os prometidos, mas os que seguem o curso de nossas escolhas e desejos.